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Stereo Franz, 2013-

O público é recebido do lado de fora de um bar de uma cidade pequena qualquer. Do lado de dentro, uma banda toca a noite inteira. Por fora e por dentro os moradores exercem suas funções. Mais e mais. Sempre mais. Por todos os lados a música é constante e as imagens são projetadas criando mais e mais camadas de leitura. De um lado, Franz é assediado pelo Médico. Do outro, Franz é observado pelo Capitão. Dentro de Franz há espaço para poucos: um amigo e um amor. Um não o escuta, a outra não o vê. Seu amigo escuta apenas o que chega a seus ouvidos em forma de música. Seu amor exerga apenas o que a vidente Yvette pronuncia em portunhol: Tiene Ojos, Marie! Marie nunca para. Ela quer mais e mais. Sempre mais. Marie quer falar outras línguas. Franz não agüenta sua própria língua. A língua estrangeira será capaz de produzir desordem e fazer cortar tudo aquilo que nunca fez sentido: cortar as explicações dos homens para tudo aquilo que não faz sentido em língua nenhuma.

O espetáculo estreou em junho de 2013 no Büchner International Festival, na cidade de Giessen, Alemanha. Em 2014, participou do Mirada - Sesc Santos e cumpriu temporada no Sesc Santo Amaro em janeiro de 2015. Foi contemplado pelo Prêmio Myriam Muniz em 2015 e realiza circulacão nacional em 2016.

Projeto 85

Episódio 3: O rosto do país endividado, 2015

Após a grande catástrofe, uma nave-território se aproxima do país arrasado e institui um regime de reconstrução em parceria. A Reconstrução é acolhida com euforia e entusiasmo ao mesmo tempo em que trabalha pelo aumento vertiginoso da dívida pública do país e deixa um lastro de morte e um estado subjetivo permanentemente endividado. 5 performers mobilizam textos, imagens e vídeos históricos para apresentar uma breve análise dos processos de progresso neoliberal em seus países.

 

Episódio construído a partir da parceria entre o grupo brasileiro [pH2]: estado de teatro e o grupo mexicano Lagartijas Tiradas al Sol.

Átridas, 2011-2012

Uma rede está se trançando. Enquanto Clitemnestra aguarda o retorno de Orestes, Agamêmnon realiza os últimos preparativos para o casamento de Ifigênia. Imersos em um ciclo de assassinatos e vinganças, as personagens celebram, evocam, praguejam o passado, sem perceber o destino que as aguarda. Quando finalmente chega o esperado filho, uma nova ordem se instaura.

O grupo desenvolveu uma dramaturgia original em 2010, escrita a partir da investigação do mito grego Orestéia. A trilogia homônima de Ésquilo foi a fonte para finalizar a pesquisa do grupo sobre as manifestações do trágico na contemporaneidade. Estreou no SESC Pinheiros em 2012 e cumpriu temporada no Cit-Ecum em 2013.

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